terça-feira, 19 de agosto de 2008

Crónica

Os Portugueses lá fora

Os Jogos Olímpicos de Pequim não estão a ser muito famosos para com os portugueses. Ou será que são os portugueses que não estão a ser muito famosos com os Jogos Olímpicos?

A controvérsia está na ordem do dia. Os atletas estão divididos. Uns dão tudo por tudo para conseguirem algo para o nosso país, outros ficam encantados com o estádio de Pequim, outros acham que os adversários apenas os estudam para levar a melhor. O que se anda a passar? O presidente do Comité Olímpico Português pediu "brio e profissionalismo" aos competidores portugueses.

No entanto, nem com este pedido as coisas saem bem: uma das grandes esperanças para uma medalha em Pequim, Naíde Gomes, não conseguiu chegar à final do salto em comprimento. Também Telma Monteiro ficou-se pelo nono lugar no judo. Francis Obikwelu, que afirmou estar na sua melhor forma de sempre, não conseguiu atingir a final.

É certo que nenhum português espera que os nosso atletas consigam uma medalha de ouro em todas as suas provas. Mas os portugueses esperavam que as suas expectativas fossem atingidas, depois de tanta publicidade e de tanta propanganda sobre alguns dos atletas que acabaram por falhar. Não se pede que ganhem medalhas, mas que estejam dispostos a arrecadar o melhor lugar possível e que, acima de tudo, deêm o seu melhor nas competições, independentemente das condições, horários ou adversários que se tenham de enfrentar. Se assim não fosse, Michael Phelps nunca teria atingido o sonho de conquistar as suas oito medalhas olímpicas.

É certo que o desporto em Portugal tem sido esquecido, menos o futebol, e que não tenhamos uma cultura desportiva como os Estados Unidos. Mas temos o nosso orgulho. O orgulho de ser português. Gustavo Lima mostrou isso hoje, e bem. Infelizmente o azar desta vez bateu-lhe à porta. Mostrou, no entanto, ser um atleta que, apesar de todas as adversidades que teve na sua preparação e na prova olímpica, consegue dar o seu melhor e nunca desiste de lutar. É triste é saber que competidores deste calibre acabem por desistir do que fazem por sofrerem quase sozinhos e não verem quaisquer resultados nem apoios. São pessoas como estas que formam os grandes atletas. Não aqueles que são sempre publicitados e que se esquecem do que é mais importante.

Esperemos que os portugueses que ainda estão em competição consigam dar a sua pele e esforçarem-se como o velejador, Gustavo Lima, o mostrou hoje na última regata. Tenham orgulho no que fazem e no que representam. A partir daqui, tudo acontece.
Fontes: Fotografia - Lusa

sábado, 9 de agosto de 2008

Ossétia do Sul em guerra

O governo georgiano declarou, este sábado, o estado de guerra devido á escalada de violência registada na região da Ossétia do Sul, principalmente na capital Tskhinvali, que conta já com dois mil mortos.

A tensão entre estes dois países fez-se notar ainda mais desde quarta feira, dia em que o exército georgiano lançou o cerco à Ossétia do Sul. O presidente Russo, Demitri Medvedev, replicou enviando os seus soldados.


A principal questão do conflito prende-se, com a integridade do território georgiano e a independência da Ossétia do Sul. A situação entre estes dois países é complicada: depois de um acordo de paz selado em 1992 entre os países em questão, as tropas georgianas nunca saíram do território da Ossétia. Como mediador de todos estes conflitos encontra-se a Federação Russa. A tensão tornou-se mais evidente depois de em 2004 Mikhail Saakashvili se tornar no presidente da Geórgia: querendo-se aproximar dos Estados Unidos, Saakashvili tem como objectivo unir o país e torná-lo pró ocidental. O território da Ossétia fica situado num importante ponto de passagem de petróleo e gás natural para a Russia.


O presindente georgiano pediu para que a comunidade internacional intervisse o mais rápidamente possível.