quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Acordo com UE provoca divisões no governo sérvio


Depois da vitória das eleições de Tadic, mais próximo do bloco europeu, a questão do Kosovo torna a causar polémica no seio dos governantes sérvios visto que nem todos concordam com o envio de uma força militar europeia para o Kosovo a fim de assegurar o seu processo de independência.

A UE deu a conhecer a sua proposta à Sérvia e desde logo as forças contrárias à autonomia kosovar se fizeram sentir. Kostunica, primeiro ministro da Sérvia, fez saber que a missão que a UE que enviar para o Kosovo é "uma armadilha destinada a levar a Sérvia a assinar efetivamente seu acordo com a independência" da província". No entanto, o presidente sérvio, Boris Tadic, tem uma opinião completamente diferente, visto que muita da sua campanha se baseou na aproximação à Europa e por consequente o estabelecimente deste acordo.

A resolução deste problema avizinha-se difícil pois após as recentes eleições, o presidente reeleito,, possui a maioria com 50.5% dos votos e pode assim ultrapassar a oposição de Kostunica. Porém a margem de manobra do presidente é bastante curta, visto que não ganhou as eleições com uma grande margem para o adversário radical Tomislav Nikolic. O primeiro ministro pode dissolver o seu governo e formar uma aliança com o Partido Radical de Kikolic ou convocar o parlamnto sérvio onde terá facilmente uma maioria que o vai apoiar na sua resistência quanto à independência do território Kosovar.

A missão a ser enviada tem como principal objectivo substituir a Unmik - a administração das Nações Unidas que gere Kosovo desde 1999. Porém, as disputas em relação ao Kosovo far-se-ão sentir nos próximos tempose a aceitação desta missão não é definitivamente uma certeza.

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